Escrito por: Mileni Francisco | novembro de 2023
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Para tornar a dança mais criativa
- Varie as formas de abraço;
- Faça movimentações com apenas uma mão em contato, depois troque a mão. Experimente passos com as duas mãos em contato e depois, com as mãos contrárias (por exemplo, a mão esquerda de quem conduz com a mão direita quem é conduzido);
- Faça movimentos para ambos os lados, esquerda e direita;
- Trabalhe o olhar, olhe nos olhos do par, olhe para a mão, etc.
Para estar no presente e se conectar com outra pessoa
- Respire;
- Sincronize a respiração com a outra pessoa;
- Aprecie a dança do outro, observe como a outra pessoa se entrega;
- Busque se conectar por meio do olhar;
- Toque no outro, perceba a sutileza ou a intensidade do toque, observe a temperatura do corpo da outra pessoa;
- Deixe a música ser a extensão do seu movimento.
Para ser bom dançarino
- Faça aulas com o máximo de profissionais diferentes;
- Priorize os estudos de base e dos fundamentos básicos;
- Estude a técnica, mas não se prenda apenas nisso. Quando for dançar, sinta e se expresse com seu corpo;
- Cuide do seu corpo, se alimente e durma bem;
- Antes de dançar a dois, saiba dançar à dois sozinho, desenvolva sua consciência corporal, flexibilidade, equilíbrio e coordenação;
- Em treinos, teste executar movimentações mais curtas, micro movimentos em lugares específicos, fazer isolamentos, tente fazer movimentos diferentes em diferentes velocidades, sentidos e direções;
- Saiba que o domínio de técnicas e de movimentações vem ao longo do tempo. Por mais que a cabeça tenha entendido, o corpo demora mais tempo para assimilar.
- Não se compare com outras pessoas, respeite o seu processo;
- Reconheça que ambos os papéis de uma dança a dois são difíceis e que cada um tem os seus desafios;
- Tente relaxar e deixar sua dança fluir;
- Pratique ambos os papéis para compreender melhor o lado de cada um;
- Grave vídeos dançando para acompanhar sua evolução e observar pontos de melhoria;
- Peça feedbacks das pessoas e/ou de professores.
Para uma boa dança
- Esteja presente e busque a conexão. Se conecte primeiro consigo mesmo, depois com a outra pessoa e por fim, com a música;
- Toda dança sempre será diferente, ainda que com pessoas conhecidas. Tire os primeiros minutos da dança para sentir e perceber o corpo do outro e para criar uma conexão naquela dança;
- Tenha ciência que o que faz uma dança boa não são as movimentações difíceis que executa, mas sim o básico bem feito;
- Não pense que o seu limite é o mesmo que o limite do outro. Deixe seu limite claro, seja de forma verbal ou com o corpo;
- Se estiver com alguma dor ou lesão, comunique e se a outra pessoa estiver machucando ou usando muita força, avise;
- Se não souber e não quiser fazer uma movimentação, não faça. Ainda mais se for algo que seu corpo não está preparado para fazer;
- Faça uma dança progressiva para ir descobrindo que pode ou não fazer, saiba se adaptar.

Para pessoas que são conduzidas
- Reconheça que é preciso maturidade para alguém se abrir e se permitir ser conduzida por outra pessoa;
- Trabalhe a espera, a calma e a paciência;
- Aguce sua sensibilidade, não tente adivinhar ou controlar as movimentações;
- Desenvolva a confiança em si e no outro;
- Exercite a consciência corporal para impor seus limites, seja de forma verbal ou não;
- Tente não desconectar do par, sempre busque preencher os vazios para que a resposta seja mais instantânea.
Para pessoas que conduzem
- Saiba que o papel de uma pessoa que conduz não é de impor movimentações, mas sim de sugerir e de propor. Não force ou determine o limite do outro, preze por uma condução confortável;
- Tenha consciência que está mexendo com o corpo de outra pessoa, promova segurança e cuide como gostaria que cuidassem do seu corpo;
- Trabalhe a sensibilidade de “escutar” o que o corpo do outro fala, observe como a pessoa que você está dançando reage aos movimentos propostos;
- Pratique uma mesma movimentação com pessoas diferentes para ver se a condução está clara.
Fonte: entrevistas com profissionais de Zouk Brasileiro