Escrito por: Mileni Francisco | novembro de 2023
Para a pessoa que dança
- Saiba seu próprio valor, não deixe que outras pessoas façam isso por você;
- Trabalhe seu autoconhecimento, conheça e respeite seus limites, não deixe que outra pessoa ultrapasse seus limites;
- Não se compare, cada realidade e cada corpo são únicos;
- Quando não quiser dançar com alguém, não dance – diga não. Dançando, quando não quiser mais, encerre a dança;
- Seja rede de apoio para outras pessoas;
- Se acontecer algo ruim/discriminatório durante uma dança, se afaste, proteja seu corpo, verbalize o desconforto e/ou pare a dança. Converse com alguém de confiança e denuncie o ocorrido;
- Quando algo incomodar, demonstre que não gostou – de forma verbal ou não –, para que o outro perceba o seu desconforto;
- Não permaneça em lugares que não se sente bem;
- Não desista por um comentário ruim ou se sentir julgado/a/e.



Kevin Oliveira e Lucas Pellini no baile do Zouk Unity 2023 | Crédito: Agnaldo Moita
Para a pessoa da comunidade
- Entenda que por trás do gênero, da cor, da orientação sexual, da idade, da aparência e da deficiência, existe um ser humano que quer dançar e está dando o melhor que tem;
- Preze pela diversidade nos congressos. Busque locais com infraestrutura acessível e deixe claro na divulgação do evento;
- Reflita sobre suas ações e falas para verificar se não há comportamentos preconceituosos e/ou agressivos;
- Valorize o trabalho dos profissionais, não reforce as desigualdades;
- Enxergue uma professora como profissional e não como assistente;
- Incentive e reconheça o trabalho de mulheres que dão aulas sozinhas;
- Conscientize as pessoas para romper preconceitos e agir de forma responsável diante situações discriminatórias e/ou abusivas;
- Estimule o diálogo sobre questões de diversidade e inclusão em sala de aula;
- Crie uma rede de apoio e fortaleça um ambiente seguro para que as pessoas possam conversar e denunciar;
- Se algo acontecer em uma escola ou em algum evento, faça com que a vítima se sinta acolhida e busque retirar o agressor daquele espaço;
- Se sentir que algo deixou a pessoa desconfortável, pergunte e respeite os limites do outro;
- Ao tocar ou passar a mão sem querer na outra pessoa, peça desculpa;
- Quando perceber algo irregular, converse com as pessoas envolvidas para compreender o que houve e não espalhar boatos;
- Em alguns casos, a pessoa que gera desconfortos não tem consciência do que está fazendo, então comunicá-la pode ajudar a identificar e a mudar seu comportamento;
- Trate as pessoas com educação, respeito e empatia, não tenha atitudes e falas preconceituosas;
- Estude e busque conhecimento, cuide para não magoar as pessoas;
- Não julgue ou fale sobre a outra pessoa, nem elogie fazendo comparações ou diminuindo outros dançarinos;
- Lembre que dançar é para todos os tipos de pessoas e de corpos;
- Se estiver com alguma dúvida, pergunte de uma forma respeitosa. Há pessoas que não se importam com pronomes, outras que se importam, na dúvida, pergunte como a pessoa gostaria de ser chamada;
- Como professor/a/e, esteja preparado para lidar e ensinar considerando pessoas com deficiência;
- Saiba ouvir as pessoas, esteja aberto ao diálogo. Reconheça e peça desculpas quando fizer algo errado ou que incomodou outra pessoa.
Fonte: entrevistas com profissionais de Zouk Brasileiro