Possibilidades dentro do Zouk Brasileiro

Escrito por: Mileni Francisco | novembro de 2023

O universo da dança de salão funciona em um ecossistema próprio, em que existem várias possibilidades de trabalho. Contudo, viver exclusivamente do meio artístico apresenta inúmeros desafios. Pela baixa valorização da profissão, alguns professores precisam se desenvolver em mais de uma área para continuar (sobre)vivendo da dança. 

Formas de trabalhar com o Zouk Brasileiro

• Administrador/a de escola de dança: administrar uma empresa de dança;
• Professor/a: dar aulas regulares, particulares e/ou em eventos;
• Coreografo/a: criar e/ou apresentar coreografias;
• DJ: tocar músicas em eventos;
• Produtor/a musical: produzir e/ou editar músicas em que seja possível dançar Zouk Brasileiro;
• Cantor/a: compor, produzir e/ou cantar músicas em que seja possível dançar Zouk Brasileiro;
• Produtor/a de eventos: planejar, organizar e produzir eventos;
• Filmmaker: realizar filmagens de apresentações e/ou eventos;
• Fotógrafo/a: fotografar profissionais e/ou dançarinos em eventos;
• Designer gráfico e de produto: construir a identidade visual, peças de divulgação e/ou produtos de eventos;
• Social media: executar o trabalho de social media em perfis de escola e/ou de eventos;
• Personal dancer: receber para dançar em evento com uma pessoa ou mais.

Formas de lucrar

• Aulas regulares: normalmente está vinculada a uma escola de dança e acontecem em grupo. O pagamento varia de acordo com o que foi combinado com a escola – hora/aula, porcentagem dos lucros da escola, etc;
• Aulas particulares: o aluno, dupla ou um grupo pequeno de alunos se reúne para ter dedicação exclusiva do profissional. Costumam acontecer em escolas de dança, na casa dos profissionais, em espaços livres em congressos ou onde for possível para os envolvidos. O/A(s) profissional(is) ganham pelo valor hora/aula ou pelo pacote de aulas;
• Grupos de estudos: o/a(s) profissional(is) reúnem, por um determinado período de tempo, um grupo de pessoas interessadas em estudar alguma movimentação específica, fazer um “laboratório” para experimentar e criar novos passos ou outra proposta. Cada aluno paga pelo período do grupo de estudos ou pela aula individual, depende do que for acordado;
• Workshop: em geral, são eventos curtos de um ou dois dias em que o/a(s) profissional(is) se dedicam em aulas curtas de vários temas ou aulas maiores com poucos temas. É comum separar as aulas pelos níveis dos alunos (iniciante e intermediário, por exemplo) e que haja uma relação ou progressão entre os temas das aulas. O valor do workshop é estipulado pelo/a(s) profissional(is) e pode haver gastos com a locação do espaço da aula;
• Bailes: normalmente realizados em escolas de dança, os bailes são um momento de prática da dança de salão. Podem ter um ou mais DJs ou setlists ou playlists prontos. É possível lucrar por meio dos ingressos e/ou pela consumação;
• Congresso: reúne um grande número de pessoas, em geral, no período do final de semana e oferece aulas e bailes. Há congressos em que há apresentações dos profissionais, competição como o Jack and Jill, batalha de DJs, batalha de professores, entre outros. Em geral, a organização do evento estabelece os valores do Full Pass, com acesso a todo o congresso, em lotes. Existe também a possibilidade de vender Day Pass, com acesso a um dia do evento, pacote de bailes ou bailes avulsos. E durante o evento, é possível lucrar com por meio da consumação;
• Apresentações: apresentação de coreografias e showcases podem acontecer em congressos, eventos privados, ambientes públicos ou privados, entretanto nem sempre os profissionais vão receber para fazer esse tipo de trabalho. Pode ser realizada com apenas um casal ou mais duplas e normalmente são realizados movimentos acrobáticos;
• Companhia: grupo de dançarinos que trabalha junto ao criar e apresentar coreografias, composto por um ou mais coreógrafos e bailarinos. Exige muito esforço, tempo e dedicação dos dançarinos para treinar e ensaiar as coreografias;
• Curso de professores: profissionais que já estão mais consolidados no mercado podem oferecer uma formação para preparar novos professores, abordando alguma movimentação, conceito ou questões didáticas. Pode ser realizado em um único dia ou ter duração maior;
• Venda de produtos de dança: de maneira geral, é recomendado o uso de tênis, sapatilhas e/ou saltos próprios para dançar, já que sapatos que não deslizam podem gerar uma “trava” nas movimentações e machucar. Então, há pessoas e lojas que vendem esses sapatos, assim como camisetas, calças, bonés e demais produtos com a sua marca. É comum que em congressos se venda a camiseta do evento. 

Oportunidades

• Bolsista: pessoa que faz aulas de graça ou pagando um valor menor e em troca, auxilia na dinâmica da aula, muitas vezes executando o papel que precisar no momento – de quem conduz e de quem é conduzido. Os bolsistas organizam ou participam dos bailes que a escola realiza e ajudam em demais atividades, mas tudo depende do que for acordado com a escola. Muitas escolas de dança oferecem essa oportunidade, e para ser bolsista pode haver tanto um processo seletivo quanto em outros formatos, como indicação;
• Cruzeiro: muitos cruzeiros oferecem uma série de atrações, como de práticas de dança de salão. Por conta disso, é possível ministrar aulas, fazer apresentações ou ser bolsista em um cruzeiro;
• Competidor: no Zouk Brasileiro, há competições de Jack and Jill – com par e música aleatória. Existe o J&J realizado pelo Brazilian Zouk Dance Council (BZDC) ou de forma não oficial. Cada competição define suas categorias, mas todos podem participar, ainda que dance a pouco tempo;
• Jurado de competição: profissionais podem atuar como jurados de competições. No caso do Jack and Jill da BZDC é preciso tirar uma certificação;
• DJ de competição: DJs que atuam no Zouk Brasileiro podem trabalhar em competições da BZDC desde que tenham a certificação oficial. 

Tradições